Se ela não falasse, você teria imaginado que a relação delas foi péssima em algum momento da vida? Teria pensado em uma história de perdão?
Aliás, como você se relaciona com o perdão? Tem sido mais fácil, mais difícil com o tempo? Depende muito do tema e da pessoa? Me conta?
Eu te conto que acredito que perdoar é necessário para encontrar a minha paz interior. Creio que o perdão faz muito bem para quem perdoa.
Sem perdoar, posso me deixar consumir pela raiva, pela indignação, ou por qualquer outra coisa que facilite a transferência da minha responsabilidade sobre a minha dor.
Obviamente, muitas vezes essa responsabilidade é mesmo do outro. Contudo, se esse outro é alguém do coração, acho que não vale a pena passar a vida aguardando que reconheça a falha e peça desculpas, especialmente se a questão for um comportamento recorrente dessa pessoa.
Agora, se o perdão é para alguém que pode ser evitado no dia a dia, eu procuro perdoar, mas me preocupo menos e só viro a página. Eu só desvio da alternativa de não fazer nada a respeito, porque não quero ser vítima, mas sim protagonista da minha vida.
Eu vejo que, no começo do vídeo, ela descreve um comportamento narcisista da mãe, e acho que quem é narcisista não se importa com perdão pois sequer enxerga a possibilidade de errar. Pessoas assim precisam ouvir o que elas fazem (com cuidado, é claro) para entender como podem machucar o outro.
Em alguns casos essa pessoa reflete, em outros só se explica, sem se desculpar, e na virada da curva faz tudo igual. E entendo que é preciso cuidado e atenção constante nas relações porque esse jogo do Narciso e da vítima alimenta os dois lados, que inconscientemente podem gostar do “trato” não feito, mas vivido.
Se é vitima, perdoe-se e mude.
Se é opressora, peça perdão e mude também.
Essas são as minhas dicas. Sugestões de uma coroa que acredita que mudar a própria atitude sempre resulta na mudança da atitude das pessoas comigo. E qual a sua opinião? Me conta? Quero te ler!
Via @glkirschenbaum