Falar de solidão é baixo astral? Não. E ao abordar o assunto temos chances de entender melhor como o sentimos e, assim, transformar, quebrando mais um tabu. Na pandemia, muita gente experimentou o modo de vida de algumas mulheres 50+, que vivem sozinhas. O assunto foi tema de um artigo muito sensível no jornal The Telegraph. No texto, a autora, 50+, conta como a flexibilização do isolamento deixou mais claro o quanto ela é íntima da solidão. Eu peguei carona no tema porque é importante abordar solidão, principalmente para nós que estamos nessa jornada de envelhecer com qualidade. E fui ouvir o médico psiquiatra Filipe Batista, que derrubou mitos e trouxe novas interpretações para o tema, sem tabu.
“A solidão vivida a dois, talvez a pior delas”, diz ele quebrando a ideia de que basta formar par para não sentir solidão. Dr. Filipe também diz que a solidão não é um monstro. Pelo contrário, tem um lado luz. "É importante (…) não perder de vista que o encontro consigo mesmo que a solidão traz constitui material fundamental para encontros futuros mais bem sucedidos”, completa.
A imagem que ilustra esse post é sobre os enganos da solidão. Trata-se da obra “Manhã De Sol” (1952), de Edward Hopper. Está na coleção do Museu de Arte de Columbus, em Ohio nos Estados Unidos. O artista que retratou a solidão em grandes cidades como poucos, inspirou cineastas desde Alfred Hitchcock até Win Wenders. E a tela que escolhi, curiosamente, retrata a esposa dele…
A coluna e a entrevista completa com o psiquiatra Filipe Batista @filipebatistapsiquiatria estão aqui, na nossa nova coluna para a @voguebrasil. Passa lá e me conta o que achou?