"Envelhecer é estranhar o mundo, é se irritar e lamentar. Deve ser um artífice da natureza, um jeito de você não desejar estar mais vivo, não aqui, não agora, nesta festa estranha com gente esquisita."
O trecho acima é da coluna Velhxs, de Fernanda Torres, publicada no dia 14.07, na @folhadespaulo. Como disse Leandro Karnal, "como se não bastasse ser talentosa e versátil, Fernanda Torres revelou-se grande escritora". Eu sou fã. E este post é uma homenagem aos 54 anos desta mulher multo talentosa, que deu sua 54ª volta ao Sol no último domingo.
Fui atrás de aspas de Fernanda sobre o envelhecer. Achei matéria muito boa da @revistatpm, quando ela, aos 45 anos, dizia: “Os 40 anos são uma idade de muita completude, ao mesmo tempo em que dá para enxergar a curva da vida. Você entende que o tempo passa, e passa rápido, então é uma época de muita felicidade e compreensão da mortalidade. Porque, aos 20 anos, você é imortal".
Fez tanto sentido. Faz para você também? Tem esta outra aspas abaixo:
“Quando você é adolescente você tem tanto tempo, e, quando vai ficando mais velha e vai gostando da vida, não tem tempo para nada. É uma injustiça.”
Lendo faz sentido, olhando a vida atual de Fernanda não faz sentido algum. Seu livro "A Glória e Seus Cortejos de Horrores" foi traduzido para o inglês e recebeu crítica excelente da New Yorker Magazine. Em dezembro o filme "O Juízo", com roteiro dela, estreia nos cinemas, traz a mãe e o artista @criolomc no elenco. E ainda tem a adaptação do livro FIM (Cia das Letras) para o cinema.
Se aos 45 anos Fernanda achava que não tinha tempo, e se aos 54 anos, se pega com a sensação de que está numa festa estranha com gente esquisita (saudades que bate do Renato Russo), tenho o seguinte a dizer: os últimos 9 anos fizeram muito bem a ela e a todxs que a acompanham. E esta festa é estranha, tem gente esquisita, mas quer saber... está boa demais! Eu não quero sair da pista!
Parabéns, @oficialfernandatorres