Já ouvi falar sobre a teoria de que o padrão de beleza feminino foi criado para distrair as mulheres de seu real poder?
E da ideia de que o padrão de beleza foi desenhado para fazer as mulheres reféns de um ideal inatingível, em uma eterna insatisfação, capaz de tirá-las do jogo?
Cada vez que uma mulher se sente no direito de ofender outra mulher, cada vez que uma mulher qualifica ou desqualifica outra mulher usando o padrão de beleza como régua, essas teorias, essas ideias vencem e todas as mulheres perdem.
O mesmo acontece quando um novo movimento de inclusão surge e é considerado fraco, incompleto, lacração ou desnecessário.
As mulheres 50+ estavam nas passarelas das semanas de moda, muita gente achou pouco, insuficiente… desmotivando, talvez, um próximo passo de representatividade.
Não tem nada a ver em olhar para o copo meio cheio ou vazio, ok? Tem tudo a ver, penso eu, com se libertar de um complexo de Estocolmo que muitas mulheres, reféns, dos padrões, sentem.
Afinal, o padrão dá uma ilusão de segurança e pertencimento, “se eu for magra, se eu for jovem, eu sou adequada”.
O padrão também ajuda quem adora diminuir a outra pessoa para se sentir bem, quem ama dizer que a outra é feia ou errada para se sentir bonita ou certa.
O padrão é cruel, mas tem desses confortos ilusórios.
Talvez por isso seja tão difícil se livrar de uma vez por todas, romper com todos. Outra hipótese da manutenção desses valores é o medo da liberdade.
A liberdade assusta.
Tanto é que criticam mulheres livres como @pretagil, @paollaoliveirareal, e marcas que praticam a inclusão…
Estou viajando? Me diz? E antes de ir VIVA A LIBERDADE! VIVA!