“Eu sou a revolução sexual. E eu estou chegando!"
Afirmações de uma pop star em 2020? Não. Mas sim de uma ginecologista e sexóloga polaca, nos anos 70.
Michalina Wislocka, autora do livro “A arte de amar”, ganhou cinebiografia com o mesmo nome. É um filme de 2017, que assisti ontem, e recomendo! A capa Netflix do filme é a imagem 2 aqui do post. O ritmo é delicioso e — me conte nos comentários — se o enredo é ou não instigante… calma, não vai ter spoiler!
Michalina popularizou a importância do prazer na realização sexual feminina, na Polônia comunista, bem diferente das Américas da paz, do amor, do sexo livre e de tantas lutas e guerras.
Propagava métodos contraceptivos e a autodescoberta do corpo feminino. Convidava as mulheres à conhecerem os seus clitoris, a praticar a masturbação e se entregarem aos seus orgasmos. Desconstruiu a ideia de que o sexo era uma obrigação matrimonial ou uma vergonha. Com o propósito de libertar os prazeres e os gozos femininos, ganhou escuta, pacientes, amigas.
Antes ainda, na pós graduação, tentou abordar as questões hormonais da menopausa. Com um tutor homem com a cabeça dos anos 30/40, não obteve apoio para seguir com as pesquisas.
Enfrentou outros momentos difíceis com coragem. Era de uma determinação e de uma entrega intensas. Depois de ver o filme procurei mais sobre ela. Encontrei uma entrevista em que a filha supõe que fosse portadora da síndrome de asperger, o autismo dos gênios. A filha e a neta de Michalina têm o diagnóstico.
Fato é que virei fã de Michalina. E quero saber de você: entra nesse fã clube? Me conta?