Eu deixo o meu viva para ele. Vem junto? E digo mais: por vezes sou essa pessoa, na frente da televisão, assistindo uma série ou um filme. E nesse momento, no instante diante da tela, a performance do ator, da atriz faz toda diferença na minha vida. E se o enredo e a atuação mexem comigo, tudo passa a fazer parte de mim, de alguma forma, como lembrança ou com o despertar de uma emoção. Acontece por aí? Me conta?
Tony Ramos, portanto, faz parte da minha história. E acredito que o nome dele deveria estar no dicionário de sinônimos como o equivalente à elegância. Que sujeito chique. Quanto mais o tempo passa mais tenho certeza disso.
Adoro ler e ver as entrevistas que ele dá. Sempre aprendo e sou levada para uma nova interpretação. Não importa o assunto, o olhar de Tony Ramos convida a exercitar o meu olhar. Com 76 anos, recentemente realizou duas cirurgias cranianas delicadas. Quando estava recuperado, foi perguntado se a possível proximidade com a morte o transformou…
“Eu não me transformarei em outra pessoa [...] Vai apenas reafirmar aquilo que eu sempre imaginei na minha vida. Sempre imaginei ser um homem justo, principalmente um democrata, principalmente um homem que acredita na ciência, que acredita no próximo até prova em contrário”, respondeu.
Poxa. Como não deixar muitos VIVAS, me diz?!