A frase ganha ainda mais valor com sua assinatura. O fotógrafo Peter Lindbergh faleceu um mês atrás, em Paris. Deixou um legado precioso: um novo olhar sobre o feminino.
Não se falava sobre empoderamento, sororidade, autoestima quando ele, no final dos anos 80, assinou um dos editoriais mais icônicos da Vogue America (foto acima). Peter colocou as SUPERMODELS (que ele alçou à fama) em camisas masculinas brancas, beleza natural em imagens de perfeita harmonia. Mulheres felizes, despidas de artifícios, livres e unidas.
Diz que o editorial foi uma resposta a um desafio. Quando começou a trabalhar com moda, Peter, um fotojornalista, comentou que se incomodava muito em ver a mulher como troféu, objeto de desejo ou como um acessório de seu marido nos editoriais de moda. Levantou a questão de a mulher estar sempre "montada" se escondendo atrás de artifícios mil para se enquadrar na caricatura da mulher que tem poder porque gera desejo. Ao ouvir isso, Alex Liberman, diretor editorial da Vogue América, o desafiou a transformar a imagem da mulher na moda... e deu carta branca para Peter imprimir o seu olhar. O resultado é icônico, revolucionário e atemporal.
As modelos fotografadas no famoso editorial são conhecidas como as mais afortunadas (em todos os sentidos) do segmento, são da geração que inspirou a nossa Gisele Bündchen, por exemplo. Chris Turlington, capa da @voguebrasil deste mês, é uma delas. Todas seguem lindas, são coroas e têm muito a dizer.