A cena acima é do filme “A morte lhe cai bem”, 1992, que tem um elenco bárbaro: Meryl Streep, Goldie Hawn (as duas na foto), Bruce Willis e, de quebra, Isabela Rosselini. O longa tem um enredo aparentemente “sessão da tarde” (estilo que amo, deixo claro) mas… tem camadas profundas como as da pele. Tem mais de 25 anos e acho que segue atual. Vou dividir o meu ponto de vista e convido você a compartilhar o seu nos comentários, ok?
Aparência e pele estão em destaque na história, que aborda com humor e nonsense o tal envelhecimento. Acontece assim: uma escritora acaba em um hospital psiquiátrico quando perde seu marido para uma estrela de cinema e ex‑amiga. Anos depois, ela retorna, linda e maravilhosa, para confrontar a então rival. A nova esposa do ex‑marido descobre que o segredo da beleza é uma droga misteriosa que ... u – lá – lá…rejuvenesce. Logo também adere ao tratamento embelezador.
Contudo, assim como na vida real, a vaidade e o desejo da (aparente) juventude eterna têm preços altos e efeitos colaterais. Ao passo que vão rejuvenescendo, elas vão se quebrando (literalmente). Ficam lindas e frágeis. Lindas e objetificadas (afinal objetos quebram), mas seguem cada vez mais interessadas na juventude aparente, viciadas na fórmula, cegas para todo (e tão importante) resto.
A vaidade une elas, é verdade. Tornam-se cúmplices e deixam de competir pelo outro. Mas a vaidade vence o amor. No final, o marido de uma e ex-marido de outra, deixa de ser o objetivo…e vira uma ferramenta essencial para alimentar o real desejo das duas: a eterna juventude… ainda que forjada, nociva e só aparente.
Eu acho que o filme segue atual. E você?