Como você lida com as suas frustrações? E como lida com as suas expectativas? Como isso tudo mudou com o tempo? Me diz?
Ouvir Chris Hadfield fez eu lembrar daquilo que todas podemos esquecer em um momento delicado ou mais pra baixo, que a vida é sobe e desce.
A linha reta pode ser o desejo, mas é a morte em vida — e também no desenho do ecocardiograma.
Escrever e lembrar disso em momentos de subida ou de topo, é fácil, eu sei. Lembrar disso na queda ou lá embaixo é raro.
Para equilibrar, tento acolher e entender diariamente minha emoções mais negativas e meus tombos mais desastrosos. Quando dá certo funciona muito bem. Só não é perfeito, porque a perfeição é uma ilusão.
Parece meio sem poesia. Mas só parece. Tem muita poesia.
Cada vez mais entendo que a beleza pode estar na tentativa, no acerto e no erro, nos passos adiante, na entrega e entre a realização e a frustração.
Ou seja, a poesia vem e vai, nas linhas de partida para cima e para baixo, considerando o desenho do ecocardiograma, que significa, repito, o sobe e desce, a dança da vida.
Aqui vem sendo assim. E vem sendo bom quando assim é. E aí? Me conta?
Ah, sim: @colchrishadfield é canadense, astronauta, apresentador de TV, escritor, TED speaker e o único ser humano a cantar “Space Oddity” (do David Bowie) literalmente do espaço e gravar um disco fora de órbita, o “Space sessions: music from a tin can”. Também ama bigodes… e participa de concursos “bigodísticos”. Que tal?