Um TBT e tanto: eu com 18 aninhos! A foto é da minha carteira profissional e meus cabelos eram estilo “As Panteras”, que era super “in” na época
Comecei a trabalhar, com carteira assinada, aos 18 anos. Desde os 16 anos fazia bicos enquanto estudava, auxiliando profissionais liberais por meio período. Nunca comprei nada que não pudesse pagar, mas as vezes o meu salário não cobria todas as despesas que me cabiam. Então, vendia bijuterias e blusões de Gramado. Os colegas já sabiam e me procuravam para comprinhas. Nunca achei ruim. Era divertido.
Quando eu e o Marcelo moramos no Vale do Silício, lá em 1992 (praticamente em outra vida rsrsrs), a grana era curta. Andávamos para lá e para cá num carro velho, que às vezes, nos deixava na mão. Enfrentamos as dificuldades de mãos dadas. Mas também foi divertido.
Hoje, filhos parcialmente encaminhados, percebo que conquistamos muito, e é bonito olhar para trás e contar os perrengues e as conquistas. Nunca fiquei idealizando como seria a minha vida no futuro. Sério mesmo. Não que eu não seja ambiciosa ou que eu não deseje reconhecimento. Pelo contrário, sou e desejo. Sabia que queria ter a minha família e o meu lar, mas não idealizava.
A vida é bela! Cheia de incertezas, dores do crescer, de amores, de lugares, de sabores, de aprendizados. Sempre digo que a experiência é intransferível. Penso nisso principalmente quando tento me convencer a deixar que os meus filhos vivam suas experiências, ainda que possa antever onde as coisas vão dar... Afinal, somos a coletânea dos momentos que vivemos e do que sentimos, não é? Eu tive os meus, eles devem ter os deles, mas não é fácil!
E, puxa desde 1984 tanta coisa aconteceu. Uma parte do colágeno se foi, e outras partes, não necessariamente mais interessante, entraram no lugar. Mas de verdade, gosto de como me sinto. Alguns dias não gosto, como todo mundo, mas o balanço é positivo.
Estou preparando um post para falar sobre o documentário da Brené Brown porque mexeu comigo e quero dividir com você. Sobre não encolher para a vida, sobre estar “na arena”. Quem tem coragem deve se orgulhar disso. Concorda?