Embora muitas pessoas queiram viver muito e envelhecer o mínimo possível, até que se prove o contrário, não dá para ser jovem para sempre e longevo ao mesmo tempo.
Por Adri Coelho Silva (@vivaacoroa)
Aos 78 anos, nos anos 1980, o poeta Carlos Drummond De Andrade, em entrevista, concluiu que: "O Essencial É Viver”. E ele viveu 84 anos. Foi um sujeito longevo para a expectativa de vida atual do Brasil, que é de 77 anos — e longevo demais para a de 1987, que era de 65 anos.
Viver é essencial. E a pessoa que mais viveu no mundo é uma mulher. A francesa Jeanne Louise Calment levou 122 anos para morrer, e é considerada a pessoa mais longeva da história documentada. Longevidade é sobre vida e morte. Tem a ver com tempo, saúde, genética e sorte — e, sem dúvidas, deixa claro que envelhecer é viver.
Para viver com saúde é preciso estar com os exames anuais de rastreio em dia. E a Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, te ajuda de muitas formas, com os melhores laboratórios e hospitais, profissionais qualificados, com serviços descomplicados e o Nav, o assistente digital da Dasa.
O envelhecimento e a longevidade andam de mãos dadas, embora muitas pessoas queiram viver muito e envelhecer o mínimo possível. Ah, o mundo e suas contradições, só os velhos são longevos. Até que se prove o contrário não dá para ser jovem para sempre e longevo ao mesmo tempo.
Isso porque desde o primeiro até o último dia da vida de um ser na Terra, a longevidade e o envelhecimento são interdependentes. A longevidade só existe por causa do bom envelhecimento, que é aquele vivido com qualidade de vida e saúde em dia, como já disse acima, e repito, porque boas recomendações nunca são demais, não é?
É provável que você tenha aprendido isso na escola, em uma aula sobre mitologia grega, a respeito de Chronos e Kairós, sendo o primeiro o tempo cronológico, e o segundo o tempo imensurável por números, referente à qualidade do tempo vivido. O envelhecimento é Chronos, a longevidade é Kairós. E, na vida real, um só existe por causa do outro.
Fato é que longevo é quem passa dos 80. E tenho visto uma turma nesse bom caminho. O corte social e o estilo de vida são importantes nessa jornada, mas o determinante, eu acho, é MUITO maior que nós.
A ciência faz de tudo para entender e estender a longevidade. Há evoluções consideráveis, estudos que chegam a emocionar, outros que podem assustar ou esbarrar na ética. De concreto temos os resultados da medicina preventiva, que podem levar mais qualidade de vida ao envelhecimento, e assim permitir que a pessoa se planeje e alcance maior longevidade — desconsiderando, obviamente, o mistério da morte e da vida, o imprevisto, o incontrolável.
Hoje em dia é possível termos acesso a essa medicina preventiva, preditiva e até personalizada. A Dasa é hoje uma referência na prática dessa medicina integrativa, tendo um papel essencial na jornada de todos nós, enquanto pacientes. O objetivo do Nav, que é o assistente digital da Dasa, é trazer insights de como essa visão de saúde e cuidado pode tornar-se acessível a todas as pessoas, personalizando a experiência de cada um e incentivando a adesão aos hábitos saudáveis na nossa rotina. (Saiba mais clicando aqui.)
Esse cuidado com nossa saúde é essencial para vivermos o envelhecimento natural, que acontece no dia a dia. A longevidade tem que SER planejada, exercitada, colocada em prática. Envelhecer é viver. Ter longevidade é um plano de vida. Se Jeanne Louise Calment, a francesa que viveu 122 anos, tinha esse plano? Repito: existe o mistério da morte e o da vida, o imprevisto, o incontrolável e, também, o ambiente em que vivemos.
Assim, Jeanne pode ter sido longeva sem planejar, e pode ser que Bryan Johnson não seja longevo mesmo investindo muito no — vá lá — prolongamento da sua juventude. Já ouviu falar do homem americano que investe cerca de 2 milhões de dólares por ano em tratamentos para “rejuvenescimento” interno e estético?
Pois sim, Bryan Johnson é o nome do sujeito que quer ser algo parecido com o Benjamin Button da vida real — e os especialistas contratados por ele afirmam que regrediram a idade dos órgãos (pele, pulmão, coração) do homem cobaia em mais de 20 anos. Há controvérsias entre os entendidos. Eu, que sou zero acadêmica das ciências, penso como toda essa juventude fabricada poderia ajudar a ampliar ou colaborar para garantir a longevidade…
Já faz tempo que abracei o envelhecer com qualidade de vida, ou seja, o desejo da boa longevidade. Manifesto esse desejo no mundo no meu dia a dia, mantendo meus exames em dia, seguindo as setas da medicina de prevenção e de estilo de vida. Entendo que muito depende de mim, mas não tudo, e faço a minha parte.
Não existe a fonte da longevidade, assim como não existe a fonte da juventude. Se existissem, creio que estariam nos países da chamada “Zona azul”, termo criado pelo pesquisador e jornalista Dan Buettner, que em parceria com a National Geographic, mapeou os países com a maior longevidade e qualidade de vida para velhos no mundo.
As zonas azuis são: Sardenha (Itália), Okinawa (Japão), Nicoya (Costa Rica), Loma Linda (EUA), Ikaria (Grécia). No Japão, segundo matéria do New York Times, a população de supercentenários foi de 22 para 146, entre 2005 e 2015. Mas não basta mudar para esses países para ser longevo. Jeanne Louise, por exemplo, está fora da zona azul, e Calment viveu 122 anos em Arles, na França, uma cidade que hoje tem 52 mil habitantes e é ligada ao mediterrâneo pelo rio Ródano. Van Gogh viveu lá, onde queria montar uma colônia de residências artísticas.
Por que destaco a calmaria e a pequeneza de Arles, a cidade da mulher que mais viveu, envelheceu e mais demorou para morrer no mundo? Porque o estudo das zonas azuis mostra que junto com a longevidade está a qualidade de vida, que passa pela comida, saberes ancestrais, tecnologia, ciência, estilo de vida, genética e pouco estresse.
A saber, o lugar com maior probabilidade de longevidade no mundo é Mônaco, onde está a maior expectativa de vida atual (88,99 anos para mulheres e 85, 17 anos para homens) — e onde também está a musa da beleza 60+ e natural, Caroline De Monaco. Hong Kong também está no topo do ranking da longevidade, que tem o país africano Lesotho na lanterninha, com expectativa de vida de apenas 56 anos (minha idade!!!) para as mulheres. E isso deixa muito evidente o fator políticas sociais e públicas para a longevidade, de modo geral.
Como elenquei ao longo do texto, a longevidade com qualidade depende de uma combinação de fatores (qualidade de vida, estilo de vida, corte social, exames em dia, saúde bem cuidada no âmbito geral, ou seja, mente, corpo e emoção, dedicação, meio em que vive, políticas públicas e sociais e genética) somados à sorte — ou o nome que quiser dar para o que aqui chamo de sorte, mas pode ser também seu Deus. E é para ele que peço vida longa — saudável, digna e próspera — para todos nós. Vem junto? Eu vou adorar a sua companhia. Afinal, “O essencial É Viver”, e viver bem, não é?
Você se interessou pelo tema Longevidade? Então, se aprofunde a mais a respeito do assunto acessando o Nav neste link.
FONTES: WORDMETERS.COM , IBGE, NEW YORK TIMES, NAÇOES UNIDAS, STATISTA.COM, ESTADAO, NATIONAL GEOGRAPHIC