Eu resgatei esse discurso da Jodie Foster no Globo de Ouro de 2013
para escrever a nossa coluna na @voguebrasil desta semana (compartilho o link aqui).
A partir deste discurso, eu passei a enxergar a mulher por de trás da estrela, algo que nem sempre é possível e que sempre rende comentários por aqui, na linha, “ah, mas ela é uma estrela de Hollywood, não é referência para a vida real”.
Eu concordo que estrelas não são referências próximas, mas entendo que podem ser grandes fontes de inspiração, uma vez que tem os holofotes virados para elas.
Cada uma de nós tem liberdade para escolher nossas musas, sem ter que criticar as escolhas que talvez não nos inspirem tanto. Afinal, todos temos vivências diferentes e as nossas escolhas também são individuais e só precisam fazer sentido para nós mesmas.
Cabe as musas eleitas usarem a luz para iluminar assuntos e comportamentos… não.
Nesse discurso, tão distante, vi que Jodie ilumina.
Em plena premiação ela se assume uma 50+ orgulhosa, fala sobre respeito e orientação sexual, amor, família, maternidade, amizade, da saudades que podemos vir a sentir da privacidade.
Ela se emociona ao falar da mãe, diagnosticada com demência, e volta a ser uma garotinha quando diz acreditar na magia do amor para trazer a mãe de volta para dentro de seus olhos azuis.
Em 2013 ou 2021, quando vejo esse vídeo, eu ouço uma 50terrima bem resolvida, bem intencionada e feliz.
Uma mulher forte e vulnerável como eu .
E você?