Sempre que eu a posto aqui leio comentários afirmando que “é fácil ser longeva e ativa com dinheiro e sendo uma estrela mundial”
Dinheiro ajuda muito. Mas não sei o quanto é determinante para uma longevidade ativa e saudável. A vida tem mistérios, sortes e muitos outros elementos riquíssimos que nem todo dinheiro do mundo seria capaz de comprar.
Por isso celebro toda longevidade ativa e saudável — e me inspiro nesses exemplos. Afinal, quero envelhecer muito, ou seja, viver muito mais.
Ah, mas o dinheiro compra a beleza? Será? Sobre qual tipo de beleza estamos falando? Porque o dinheiro pode comprar a beleza padrão de estética e só.
E Jane Fonda, além da aparência, da casaca (sim, tem plástica, um monte) é dona de uma energia vital impressionante , que é de uma beleza que só vendo. Eu a vi em cena recentemente nos cinemas e fiquei admirada.
Jane é rica. Jane é um exemplo de envelhecer bem sim.
Se ela diz que os 86 anos ainda lhe parecem os 80, eu digo que, com o olhar de espectadora, esses 86 passam fácil por 70. E isso não é um elogio etarista e sim uma constatação criada a partir da minha avaliação (risos) dos quesitos vitalidade, mobilidade e força — qualidades que dinheiro pode ajudar a conquistar, mas que sem esforço pessoal, exercício físico, não se garante, não.
Claro, há a sorte e a genética nessa equação do bem-estar. E há pessoas com condições financeiras muito inferiores e vitalidade, saúde e mobilidade muito superiores.
É o caso de um senhor que se chama Jarige Sá, o senhor Ladir, que vive, feliz, na ilha do Combu, Pará. Estrela local, ele sobe no pé de açaí, pula de um pé para o outro e vive a vida dele, anônima, rica em valores que não têm preço.
Ladir faz exercício fisico para viver. E só existe fazendo o melhor dele, como ele quer e sabe existir, assim como Jane. E por isso eu o admiro demais também.
E é assim que quero viver. E você? Me conta?