Trajetória da atriz - que é mestre em se reinventar - é uma das mais inspiradoras do showbizz
Jane Fonda tem novidade: dia 8 de setembro, ela lançará O Que Eu Posso Fazer?, livro dedicado à causa ambiental, paixão pós-80 (precisos 82 anos) dessa mulher incansável e cheia de vida. O livro -que já pode ser reservado pelos americanos por este link - não deve demorar para chegar às livrarias brasileiras.
A obra trará análises de especialistas renomados sobre as mudanças climáticas, dicas de como podemos colaborar com o meio ambiente além, claro, de narrar em primeira pessoa a entrega da atriz para a sua paixão mais atual: o mundo em que eu, você e ela vivemos. A dedicação de Jane é tanta, que incluiu uma mudança de estado - hoje, ela agora vive em Washington DC, para ficar mais perto da Casa Branca.
Jane ganhou as manchetes do mundo depois que, inspirada por Greta Thunberg, criou o movimento “Fire Drill Friday’s”: série de protestos que ela decidiu fazer todas as sextas-feiras em frente ao Capitólio, o Congresso americano, para exigir ações de líderes políticos para solucionar a emergência climática.
Jane acabou detida algumas vezes, por "manifestação ilegal", uma contravenção no estado de Washington, onde é proibido obstruir a entrada de prédios públicos. Ela não desistiu - as prisões ajudaram a trazer mais luz para suas lutas (francamente democratas, ela é historicamente ligada ao partido).
Eu me pergunto por que Jane Fonda decidiu virar uma ativista? Ela diz que explicará tudo no livro. Mas dá um spoiler: ela teria abraçado a ideia depois de ter experimentado uma epifania, ou seja, um sentimento que expressa uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo. O termo também é usado para a realização de um sonho difícil. No caso de Jane, as duas definições cabem muito bem.
Você já teve uma epifania? Se teve e partiu para a ação, como Jane Fonda, quais bons frutos colheu ou colhe desse momento? Entendo que epifanias (até mesmo sobre o coletivo, como a de Jane Fonda) são consequências de uma grande conexão interior.
Jane Fonda experimentou essa "sensação" no terceiro ato da vida, em meio a rotina pré Covid-19. E aos 80 anos deu novo significado e propósito à sua vida. É a prova de que a reinvenção é uma possibilidade real e que pode acontecer mais de uma vez. Afinal, ela já se reinventou muitas vezes... de famosíssima atriz de Hollywood,renasceu como musa fitness dos anos 1980 e foi das precursoras, você sabe.
Se na coluna passada falei sobre as lições e a atual versão de Maye Musk, na retrasada fui até Virginia Wolf para abordar o serendipity, nessa coluna penso em reinvenção. Recomeçar é preciso. E é possível!
Aceita o convite? Inspiração não falta! Jane escreve sua nova história, repito, aos 82. Passe no @vivaacoroa e conte de você: em quem você vai se transformar hoje?