A "ave rara" completa 100 anos ! Iris conheceu a fama mundial aos 80 e poucos anos. Antes, contudo, já era referência em criatividade e decoração.
Mas foi pós 80 que veio o boom: em 2005 era o tema de uma exposição no MET, de Nova York, em 2012 assinou coleção para a MAC (marca de maquiagem), em 2014 era tema do documentário "Iris" (que é maravilhoso, recomendo)… e entrou para o “feed” mundial. Na época também fez collabs e campanhas de moda e assinou algumas coleções de objetos de casa.
Em 2018 se tornou a pessoa mais velha a ganhar uma Barbie em sua homenagem (imagens no final do vídeo).
Antes disso tudo, viveu um tanto, uma vida com autenticidade, ousadia e pioneirismo.
Sabia que foi a responsável pela popularização do jeans para mulheres nos anos 40? Diz que ela entrou em uma loja das Forças Armadas (onde os jeans eram vendidos) e o vendedor a desencorajou fortemente: “Calça jeans não é coisa para mulheres”. Deu no que deu.
Filha única de um casal do Queens, NY, cursou história da arte, mas se tornou decoradora. Construiu sua vida de maneira empírica, como uma autodidata, ia fazendo e vendo no que ia ia dar. Deu muito certo.
Com o marido Carl, fundou uma tecelagem especializada em decoração de interiores — e também trabalhou para o mercado editorial, no WWD.
Ela e Carl — que também foi um centenário — viveram juntos até o último dia dele, em uma história de 70 anos.
Não tiveram filhos por escolha. Algo bastante incomum para os anos 40 / 50. Em uma entrevista, ela conta que os dois viajavam o mundo, e que ela achava a maternidade “protocolar”… além disso nunca teve interesse em fazer o que os outros esperavam dela.
Iris, portanto, não tem herdeiros biológicos/genéticos, mas faz de sua passagem pelo mundo um legado para todos. Sorte a nossa. Viva, Iris!