Todo dia 8 de março tem essa discussão, esse FLA X FLU: é para dar e receber flores ou é para reivindicar direitos? E quer saber? Acho ótimo. Celebro toda oportunidade que temos para falar sobre nós, mulheres, nossos direitos, conquistas e batalhas. Gosto de flores. Quero flores! Mas não só. Quero justiça. Não é pedir muito, é? No ano passado ao menos 1.387 mulheres foram assassinadas por razões relacionadas ao gênero, uma média de quatro feminicídios por dia. Cerca de 380 mil casos de violência contra mulher foram registrados na Justiça brasileira em apenas cinco meses de 2024, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Vale ressaltar que muitas vezes as mulheres não denunciam seus agressores por medo, por vergonha, por desconhecer seus direitos.
Isso dito, vem o óbvio: esse número absurdo tem larga chance de ser ainda maior. A injustiça está em salários menores e até no que diz respeito à saúde pública e privada. Em seu livro, “O cérebro e A Menopausa”, a cientista e médica americana @lismosconi, ressalta a disparidade entre a quantidade de pesquisas sobre a saúde da mulher e a do homem. Precisa dizer qual gênero recebe muito menos estudos e cuidados? Drauzio Varella já afirmou inúmeras vezes e foi publicado em letras garrafais em um jornal “Se a menopausa fosse no homem, já teria solução”.
Boa notícia: o grupo O Boticário lançou ontem o Centro De Pesquisa Da Mulher, uma parceria com o Hospital Albert Einstein de São Paulo. A iniciativa se propõe a estudar melhor os ciclos femininos e ganha o meu VIVA. Vem junto? Aceito flores, tá?