Com Helen Mirren e Donald Sutherland, o filme é de 2017, e atemporal. Conta a história de amor de um casal 70+ bem particular, juntos há 48 anos.
Eles saem em uma viagem pelos Estados Unidos a bordo do trailler que sempre os levou para as melhores férias da vida. O destino: visitar a casa do escritor Hemingway em Key West, na Flórida, partindo de Massachusetts, em uma distância de cerca de 2.700 km.
Logo nos primeiros minutos você conhece os personagens, um casal formado por uma mulher falante Ella, e um homem reservado (e charmoso), John. E a cada pouco os conhece mais e vai se envolvendo com a história, torcendo por eles, arregalando os olhos, suspirando, reações que só roteiros delicados e bem construídos podem despertar.
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O roteiro, aliás, é de um uma mulher, Francesca Archibugi, e de um homem, Francesco Piccolo — e o olhar feminino e masculino na trama é evidente. A direção é do italiano Paolo Virzi.
O filme tem uma poesia que vai além das citações de Hemingway. É um filme de amor bonito e comovente, divertido e um pouquinho triste também (tudo depende do seu olhar e sentir, evidentemente). É sensível, indiscutivelmente.
Helen Mirren foi indicada ao Globo de Ouro pelo papel.
Na trilha sonora se destaca uma música de Janis Joplin, "Me And Bobby Mcgee” lançada em seu álbum póstumo, Peal. O filme fez eu a ouvir de uma maneira diferente. Especialmente a parte que canta sobre liberdade ser uma palavra para definir quem tem tudo a ganhar, ou seja, nada a perder.
Fica a dica!