Eu me identifico com a descrição do termo em muitas situações, mas não em todas. Não é por acaso que estou sempre pedindo sua opinião aqui, o que você pensa realmente importa para mim — e em alguns casos pode fazer eu mudar meu ponto de vista, ampliar meu espectro.
O termo #BINWIN foi criado para divulgar o projeto de Brooke Shields para nós, mulheres 50+. Pois sim, estamos em alta. E celebro demais o momento, mas com atenção para não cair em armadilhas como as da criação, às vezes inconsciente, de novos padrões para a mulher 50+(estéticos, comportamentais, culturais).
Será que toda mulher 50+ é #BINWIN ou deve ser? Ou quer ser? O que você acha?
Eu acho que o #BINWIN é a versão mais suave de outro comportamento que ganha espaço, aquele do “ligar o fod@-se”. Entendo que o #BINWIN é não ignorar a opinião dos outros, mas a colocar abaixo da opinião própria, enquanto o ligar o fod@-se erradica o valor da opinião alheia, assim como o palavrão sugere.
Poxa, mas e a troca? Será que a liberdade e o poder 50+ só existem se o pensamento do outro for ignorado? Por que será que esse novo comportamento está sendo tão exaltado? Seria uma resposta rebote à toda opressão feminina que ainda vivemos? É culpa do etarismo?
Eu pergunto porque não tenho a resposta e porque sua opinião importa muito — a sua e de alguns outros. Me conta o que você acha dessa atitude sempre tão vinculada à autoconfiança, segurança e, logo, nós mulheres 50+?Aliás, a segurança e a autoconfiança passam por esses movimentos?
Quando você é #BINWIN? Quando liga o fod@-se? E quando o desliga? Quero entender. Porque é na troca que entendo, caminho, cresço, mudo. E porque quero ficar cada vez mais distante dos “tem que”. E você?