Passam batido? Denotam uma boa mudança? Me conta! Recebi um áudio muito atencioso da antropóloga @miriangoldenberg, que admiro muito. A minha colega na @voguebrasil veio assuntar sobre as imagens dessas placas. Mais especificamente sobre a mudança do ícone que representa os idosos nas vagas preferenciais de estacionamento.
O desenho vai ganhar nova versão: sem bengala, sem postura curvada e com a descrição 60+ por extenso. O prazo para o cumprimento geral da nova regulamentação é outubro de 2027.
Eu li sobre o assunto essa semana e curti. Não porque bengalas representem algo ruim, que fique claro. Pelo contrário, bengalas são a solução para algo ruim sempre — e capacitismo não tem espaço aqui. Pós revolução industrial, bengalas, simbolizavam status social (o passado era cheio dessas ideias) entre os homens e algumas mulheres. Hoje vejo como acessórios funcionais que podem "ficar" bem charmosos. Volte 5 posts e confira. Ou, então, lembre-se de @fafadbelem divando com sua bengala naquele The Voice.
Dito isso, reforço que curti a mudança da placa porque entendi que a nova velhice está sendo representada como é em sua maioria: ativa, altiva, produtiva e caminhando em frente. E quero saber da sua opinião. Essa mudança desperta algo em você? Conte para mim e para Mirian nos comentários.
Com mais de 3 décadas dedicadas a pesquisas e estudos antropológicos da velhice e da felicidade (assunto que amamos aqui), Mirian é referência para imprensa e para academia. Para o jornal Hoje, da TV Globo , ela disse “Uma pessoa de 60 anos hoje não tem nada daquela postura… aquilo só servia e serve ainda para reforçar os preconceitos, estereótipos e estigmas relacionados à velhice”.
Mirian é uma combatente do etarismo como eu e você. E celebra a mudança, destacando o preconceito embutido no que JÁ FOI a caricatura de uma pessoa idosa. Passado. O presente tem mais qualidade de vida, saúde e vitalidade física e mental. Viva as coroas! Viva os coroas! Viva você. Viva a voz ativa e transformadora de @miriangoldenberg.