Eu fiz uma repescagem de posts (deslize e confira) inspirada e indignada com a fala do presidente da 12º Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Luís César de Paula Espíndola.
Fala misógina e totalmente desligada da realidade. O fato ter mais mulheres do que homens no mundo não comprova que as mulheres estão dispostas a aceitar qualquer homem.
Eu vejo o movimento contrário. Mostro no carrossel. E reitero que nada tenho contra mulheres que paqueram, flertam, se divertem…
Contudo, é fundamental destacar que a fala do desembargador endossou o motivo que o fez discordar de um pedido de medida protetiva para uma garota se 12 anos, que acusa um professor de assédio.
Pois é! E piora.
Para Espíndola o caso em julgamento se tratava de “ego de adolescente” em busca de “atenção”, e que iria “estragar a vida do professor”, que segundo ele, foi “infeliz”, mas “aprendeu a lição”.
Interessante ressaltar a idade da vítima, mais uma vez: 12 anos. Eu não conheço nenhuma mulher dessa idade. Só conheço meninas, garotas. Você conhece alguma mulher de 12 anos?
Por uma matéria do UOL, eu soube que o Desembargador já foi condenado por violência doméstica.
“Em março de 2023, o Superior Tribunal de Justiça condenou Espíndola à pena de quatro meses e 20 dias, em regime aberto, por agressão contra a própria irmã durante uma discussão. A pena foi suspensa com a condição de que ele prestasse serviços comunitários, além de ter permitido que o magistrado continuasse com suas funções na Justiça do Paraná”.
Desta vez, a Comissão de Igualdade de Gênero do TJPR divulgou nota dizendo: “O episódio revela o quão ainda estão internalizados neste segmento específico da sociedade brasileira, opiniões preconceituosas, conceitos misóginos, hábitos discriminatórios, desrespeitosos e até predatórios contra pessoas do gênero feminino, crianças, adolescentes e adultas, reduzidas a condição de seres de segunda classe e, neste caso, de ameaças o livre exercício da masculinidade dos ‘cidadãos de bem’”.
Só pra lembrar: o ano é 2024…