Esse é o recorte de uma das pesquisas inéditas da antropóloga Mirian Goldenberg (@miriangoldenberg), que vem colhendo depoimentos de mulheres em um estudo qualitativo. Generosa que é, Mirian compartilhou alguns depoimentos com o Viva — e eu os compartilho com você nos cards acima, ressaltando que os nomes das entrevistadas são fictícios, mas as histórias reais.
Eu fiquei muito feliz com o resultado que pude observar: as mulheres 60+, que tem interesse em viver algo com alguém, estão atualizadas e abertas. Mirian dividiu três depoimentos, e os três mostram mulheres em momentos “antes e depois” do uso de aplicativos e sites de relacionamentos.
No antes, falam sobre como é remota qualquer possibilidade. No depois abordam com naturalidade o que antes consideravam remoto, ou seja, a chance, a oportunidade, de conhecer alguém, sair com alguém, namorar, paquerar, transar. Isso fez eu pensar que o primeiro passo pode ser difícil, mas é transformador.
As respostas também mostraram a inteligência emocional e sexual das coroas entrevistadas, elas separaram o que é amor do que é paquera, o namorado do ficante. Uma delas deixa claro que quer viver o hoje sem compromisso com rótulos ou o futuro a dois e que encontrou um parceiro para isso.
Viva! É isso, sem tabus e com liberdade de escolha é sempre melhor!
A Mirian me enviou um texto com o compilado de respostas. Pelo que entendo todas as entrevistadas se referiram a homens como parceiros, o que me fez acreditar que essas três são heterossexuais.
O título do documento que trazia o texto era afirmativo “nunca é tarde para amar”. O do texto questionava: "É possível encontrar o amor depois dos 60?”. Eu repito a pergunta para você. Me conta?