Fico imaginando qual foi a pergunta. E quantas vezes perguntaram sobre beleza passada e presente para o Wagner Moura.
E quantas vezes perguntaram para uma pessoa adolescente se ela sente saudades de sua versão criança, tão mais doce que a atual versão dela.
Será que Tony Ramos já foi questionado nessa linha? Raul Cortez teria sido? Zé Wilker?
Realmente não sei.
Sei que além desse recorte, há outros muito bons da mesma entrevista na @revistatrip, como o que a atriz fala sobre a maneira utilitarista com que a saúde é tratada… ou estamos bem, logo úteis, ou estamos mal, logo inúteis.
Para se manter bem é fundamental ter a tão falada saúde mental em equilíbrio.
Daí lembro de dados de uma pesquisa recente, de uma marca de beleza e higiene, que mostra o seguinte: mais de 90% das meninas e mulheres entrevistadas disseram que consumiram algum conteúdo de beleza que foi prejudicial à autoestima delas.
Ou seja menos de 10% das mulheres está super bem com os conteúdos de beleza e a autoestima.
Coloca aí na balança: precisamos ter saúde mental VERSUS ouvimos Maria Fernanda Cândido falar de uma beleza perdida junto com a juventude.
Tem ponto de equilíbrio para você? Me conta?
Eu te conto que estou cansada de ouvir mulheres lindas ou feias falando de como eram mais bonitas e como são mais inteligentes agora.
Não discordo do discurso, pelo contrário. Mas a beleza não é exclusiva da juventude e nem a sabedoria é da velhice.
E uma fase não está concorrendo com a outra.
O disco riscou. Precisamos mudar de faixa, de música, de tema.
Fernanda Cândido está linda. Foi linda. É inteligente. Foi inteligente. E você também.
Viva!