Hoje é o último dia do chamado setembro amarelo, o mês da conscientização sobre a prevenção do suicídio, criado em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). O papo é sério mas não pode ser um tabu. E cuidar da mente, da depressão, é o melhor caminho para evitar o apagar da chama da vida, em todos os sentidos.
Gostei muito do vídeo abaixo, da Monja Cohen. Ela ajuda muito a identificar a depressão e também aponta caminhos para curá-la. Existem várias maneiras de tratar e curar essa doença. Nenhuma funciona quando negamos a depressão. Daí, a escolha da ilustração para esse post.
Acredito que nossa geração tem uma relação paradoxal com a depressão. Explico: ao mesmo passo que há muitas profissionais 50+ na psicologia e na psiquiatria (mulheres precursoras, faço questão de frisar) há muitas outras mulheres 50+ que ainda associam a depressão com “bobagem”, “fraqueza”, “coitadismo”, “desanimo”. Da mesma maneira que muitas pessoas têm preconceito com medicação para a doença, outras tantas se automedicam e as vezes exageram.
É preciso encontrar o equilíbrio, em todos os sentidos. Há toda uma revolução hormonal nos 50+ e isso mexe com a mente. Há a queda do colágeno e outras mudanças no nosso físico, isso afeta a mente. Há a saída dos filhos de casa, o ninho vazio, e isso mexe com as mentes de muitas mães. Há a questão profissional e o propósito, e isso também mexe com a mente. Por isso, é preciso olhar para dentro para depois olhar para fora e enxergar novas possibilidades.
É preciso cuidar da mente com o mesmo carinho que se cuida da família, da pele, do cabelo, das amizades. É preciso se abrir para falar e escutar, para pedir ajuda e ajudar.
Hoje é o último dia do setembro amarelo. Contudo, todo dia é dia de autocuidado e sororidade, concorda?