Encontrei essa foto recente de Olivia de Havilland, que faleceu na noite de sábado aos 104 anos. Diz que a imagem foi feita para celebrar o último aniversário da atriz, que entre outros papéis, brilhou como Melaine, em “E O Vento Levou…”, indo de concorrente a cúmplice de Scarlett O’Hara. Sororidade em 1939 (e sempre).
Olivia faleceu dormindo. Além de Oscars, de um legado na era de ouro de Hollywood, de uma fofoquinha sobre a rivalidade com a irmã (Joan Fontaine), de uma família, inspiração e saudades, a estrela deixa um marco nos direitos trabalhistas na indústria cinematográfica.
A lei Havilland foi criada depois que ela processou o estúdio Warner Bros, nos anos 40. Sim, ela processou o um dos maiores estúdios de Hollywood na era de ouro do cinema. E ganhou: o direito de romper contrato e administrar a própria carreira.
Na época os estúdios “amarravam” os atores em contratos e assim manipulavam a carreira das estrelas. Olivia foi contra o “ah, é assim que funciona, né?”, e por isso, revolucionou.
Foi casada duas vezes, com um escritor e um jornalista. Teve dois filhos. O mais velho, Benjamin, do primeiro casamento, morreu de câncer 30 anos atrás. A caçula, Giselle, nasceu aquando a estrela tinha 40 anos, nos anos 50… e não era nada comum ter filhos nessa idade, naquela época.
Condecorada como “dama do reino unido” pela coroa, Olivia Havilland também era cidadã francesa e morava em Paris desde os anos 50. Nasceu em Tóquio, onde o pai, britânico, lecionava Letras e Literatura inglesa. Uma mulher incrível! R.I. P.