O Troféu Brasil de Natação leva o nome dela: Maria Lenk (1915 -2007) Eu deixo o meu VIVA para essa mulher que fez história e nasceu há exatos 109 anos para revolucionar o esporte nacional — sem pressa e com muito empenho. E você? Me conta?
Maria aprendeu a nadar com o pai nas águas do Tietê. O esporte foi a solução para fortalecer o corpo da garota de 10 anos após uma pneumonia. Sete anos depois, em 1932, estava em uma Olimpíadas. Sete anos antes de falecer, em 2007, ganhou a Ordem Olímpica, honraria concedida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) aos maiores atletas de todos os tempos.
Era a única atleta mulher a bordo do navio Itaquicê, que levou a delegação brasileira para as Olimpíadas de 32, em Los Angeles. Maria tinha 17 anos e a viagem durou 27 dias. Foi quase um mês sem treino e embarcada. Valeu a experiência, a estreia e o despertar de uma atleta que se tornou patrona da Natação Brasileira e teve seu nome incluído no Hall da fama dos nadadores mundiais.
Além de ser a primeira mulher a nos representar em uma olimpíadas, Maria foi também a primeira sul-americana na competição, a fundadora da primeira escola de natação infantil (no Copacabana Palace, imagina, nas décadas de 40 e 50), a primeira mulher a se formar em Educação Física no país, a nadar borboleta em uma competição internacional.
Escreveu livros sobre o esporte, realizou pesquisas, introduziu a hidroginástica no país, o nado sincronizado (então chamado de Balé Aquático) e colaborou para a divulgação do polo aquático.
Viveu de paixão, evolução, glórias particulares e mundiais. E colecionou prêmios e recordes, os mais recentes na categoria Master, em que competiu até a última braçada. Após os 80 anos participou de 11 mundiais e conquistou 54 medalhas, sendo 37 de ouro.
Faleceu aos 92 anos e, portanto, nadou por 82 anos, construindo um legado e tanto. Quem é da piscina ou das águas abertas sabe muito bem quem foi Maria Lenk. Eu descobri esses dias e gamei. Que mulher! Que coroa! Ela leva o meu viva e o seu?