A modelo internacional Paulina Porizkova , 57 anos, está na capa da Vogue Escandinávia. E eu celebro sempre que uma 50+ ocupa um espaço, um lugar, um produto que eu, frequento, gosto e consumo.
Simplesmente porque me sinto mais do que representada, me sinto pertencente e sinto empatia e isso significa demais por aqui. E por aí? Me conta: você gosta de se identificar, de se sentir acolhida e pertencente?
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Como isso mexe com você?
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Comigo mexe de uma maneira bonita. No vídeo criado para divulgar a capa, a modelo tira sarro da expressão “envelheça com graça”. Usando um palavrão, dá a entender que não há regras para o que é inevitável : todos vamos envelhecer, portanto que cada uma faça da sua maneira.
Pelo que ela diz, parece ter descoberto uma nova versão pós 50 e afirma que é MUITO MAIS tudo o que importa (mais inteligente, mais divertida, mais interessada… ) na fase do envelhecer.
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Se tem “mais”, tem comparação. E acho a comparação uma roubada. Mesmo quando feita da gente com a gente com a intenção de apontar evolução pessoal — fases não se comparam e eu não curto essa ideia de diminuir uma versão, uma pessoa, uma fase para exaltar a outra. E você?
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Mas respeito e entendo e fico muito feliz por Paulina se sentir mais e também por toda mulher que envelhece assim, com mais autoconfiança. Seria lindo se todas as mulheres tivessem essa mesma oportunidade. Contudo, somos diferentes e há muitas maneiras de envelhecer “bem”.
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Acredito que NÃO criar regras e NÃO se comparar são premissas para tanto, assim como são premissas o respeito ao próprio ritmo, a abertura para o diferente e novo e os cuidados com a saúde do corpo e da mente.
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Indicaria mais alguma premissa para ser quem você é, com autenticidade, em qualquer idade? Me conta?