Hoje ela, Sophia Loren, completa 88 anos: linda, iluminada, com o mesmo corte de cabelo, seus inseparáveis cílios postiços, o delineado dos olhos.
No ano passado escrevi uma coluna para a @voguebrasil e fui reler. O texto segue atual como Sophia. Abaixo, compartilho parte desse texto, uma de minhas muitas odes à aniversariante do dia.
Statment de beleza, a diva não só desviou da moda dos padrões (oi, Naomi Wolf) e dos procedimentos da vez, como criou o seu próprio estilo de beleza. Está exatamente como antes, com uma intervenção aqui e ali, mas com rugas, flacidez, autenticidade e brilho.
Eu entendo que ela escolheu ser ela e só. Não se transmutou fisicamente, algo cada vez mais comum, principalmente na era dos filtros de Instagram que viram referência em clinicas de dermatologia e cirurgia plástica.
Passou pela minha cabeça que se eu fosse Sophia Loren faria o mesmo. Mas será? Deve ser bem mais difícil envelhecer sendo Sophia Loren do que sendo Adri Coelho Silva. Deve ser duro ver o tempo passar no espelho e nos olhos de um mundo todo.
Não que envelhecer seja só isso, não é mesmo!
E trago outro fato: olhar para uma foto de Sophia com o filho bebê ou assistir ela dirigida por ele já adulto, em “Rosa e Momo”, desperta a mesma sensação aos olhos, a de maravilhamento.
É uma beleza gentil, eu diria. Não incita comparação, só mesmo a admiração plena. Coisa rara.
Pode parecer papo de coroa ultrapassada, mas hoje existem poucas mulheres como Sophia. Que feliz fazer parte de uma geração que tem seus ícones a prova de qualquer tempo, não é? Obrigada, Sophia!