Ela é a mulher mais poderosa do mundo, segundo a edição americana da Forbes. E não são poucos os motivos para a americana (e bilionária) Mackenzie Scott, 51 anos, estar nesse Olimpo. Listo alguns abaixo:
1. Ela é das maiores doadoras do mundo e transformou a forma de se fazer filantropia ao não colocar condições nas suas doações. Dá total poder às instituições que escolhe — algo quase inédito no setor. Segundo ela, “isso empodera os destinatários, fazendo com que se sintam valorizados e viabilizem mais facilmente suas melhores soluções”. Para ela “colocar os grandes doadores no centro das histórias de progresso social é fazer uma distorção de papéis”. Achei super coerente. Mas fiquei pensando… não é isso que a Forbes está fazendo ao eleger ela? E logo me respondi: tá bom, melhor colocar luz e inspirar, sempre.
2. Ela tem total autonomia em suas decisões e não responde a ninguém. Eu acho uma vantagem questionável porque acredito muito no poder da troca. Mas o texto fez eu pensar no machismo estrutural, e por isso, eu o reproduzo na íntegra abaixo.
"Muitas das mulheres mais poderosas do mundo ainda precisam responder a outra pessoa. No caso da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, é a seu chefe, o presidente Biden. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, eleita por líderes da União Europeia, tem uma diretoria executiva (e um conselho) que modera seu processo de tomada de decisões. Até Melinda Gates, agora ela mesma bilionária após seu divórcio de Bill Gates, comanda a Fundação Gates ao lado de seu ex — mas afirmou que, caso eles não consigam se dar bem nos próximos dois anos, será ela a sair da fundação. Scott, por sua vez, não tem essas restrições”, escreveu a jornalista Maggie McGrath.
3. Ela quer salvar a Terra ao invés de atravessar a atmosfera em voos privados e dizer que vai explorar outros planetas. Ou seja, está na contra onda dos bilionários da vez. Nada contra, acho incrível essa vontade humana de desbravar. Mas também achei corajoso ela assumir isso.
Que bom que existe Mackenzie Scott. Viva A Coroa! E, hey, olhe também para o Brasil…