"É um 'contágio' diferente, que se transmite de coração a coração. É o contágio da esperança". Essa foi a mensagem do Papa Francisco neste domingo de Páscoa.
Esta manhã acompanhei a missa rezada pelo Papa Francisco na vazia Basílica de São Pedro. Foi uma cerimônia contida, sóbria, respeitando o momento atual. Nesse clima o Papa renunciou ao rito do “Resurrexit”, que é o ritual que recorda a grande alegria de Pedro ao ver o sepulcro vazio.
No final da celebração, Francisco falou de forma muito direta, endereçando assuntos fundamentais: solidão, dor, pobreza, política, dívidas, rivalidades, refugiados, armamentos, guerras, soluções concretas e imediatas, cessar fogo, esperança, união. Me emocionei e me senti chamada.
“Para muitos, é uma Páscoa de solidão, vivida entre lutos e tantos incômodos que a pandemia está causando, desde os sofrimentos físicos até aos problemas econômico", disse o Papa durante sua missa.
O Papa mais uma vez agradeceu aos médicos e enfermeiros, o que me fez escolher a imagem acima, e a todos os profissionais que garantem os serviços essenciais necessários. Falou também a quem está preocupado com o futuro e com a falta de emprego, encorajando os políticos a trabalharem em prol do bem comum.
Antes de conceder a bênção Urbi et Orbi, uma tradição de Páscoa, o Papa concluiu com mais um convite à coragem: “Palavras como indiferença, egoísmo, divisão, esquecimento não são as que queremos ouvir neste tempo. Mais, queremos bani-las de todos os tempos! Essas palavras prevalecem quando em nós vencem o medo e a morte, isto é, quando não deixamos o Senhor Jesus vencer no nosso coração e na nossa vida.”
Esta epidemia não nos privou apenas dos afetos, continuou o Papa, mas também da possibilidade de recorrer pessoalmente à consolação que brota dos Sacramentos, especialmente da Eucaristia e da Reconciliação. “Mas o Senhor não nos deixa sós!”
Ele vive! Ele vive e nos traz esperança, um novo amanhã, forças para seguir em frente e lutar com alegria e acima de tudo compaixão pelos nossos irmãos.
Boa semana