Precisamos falar dos 50 anos de carreira de Glória Pires, que eu adoro, admiro e acompanho desde Dancin' Days, e da maravilhosa Lola, que ela interpreta na novela Éramos Seis.
A novela, você sabe, é um remake. Já fui bem noveleira. Atualmente ando afastada do universo dos folhetins, mas amei saber que nesta versão 2019/2020, a mãe de família que sofre para criar os 4 filhos após a morte do marido, não é tão sofrida como no livro original (que li na adolescência) ou quanto no último remake, com Irene Ravache, em 1994.
Eu assisti. E chorei até... Quem lembra?
Nas outras tramas, Lola terminava sozinha, sem amor, largada pelos filhos e com dificuldades para pagar o quartinho onde morava. Desta vez, se desenha uma possibilidade de um final mais feliz para a personagem.
A explicação para a boa nova: por mais que a trama se passe nos anos de 1920 e 1930, está sendo vista por mulheres de 2020.
Muita coisa mudou no mundo exterior e interior da mulher 50+ neste século (ufa!) e a turma do roteiro se atentou. Ainda bem!
Tanto que Seu Afonso, do Cássio Gabus Mendes, se tornou uma sobrevida romântica para a viúva. As cenas entre a dupla - parceria incrível desde Vale Tudo - são românticas, cheia de olhares apaixonados e intenções veladas. Embora o beijão na cozinha tenha sido dos bons (foto 2)!
Estou achando bem bacanas essas mudanças. E o melhor: não vejo ninguém reclamando das adaptações. Parece que todo mundo entendeu que é hora de revisitar o papel da mulher, até mesmo em obras históricas. E você, o que está achando das mudanças de Lola? E da atuação de Glória Pires?