Cesarina Garcia Coelho, minha avó materna e madrinha faria 100 anos hoje. Faleceu antes de completar 71 anos, quando eu estava grávida do Leo, meu primogênito. Foi um momento bem difícil.
Mãe de todos, dos irmãos, dos filhos, do marido, dos amigos. Cuidava de todo mundo e esquecia de si. Foi exemplo de resiliência, mas não se priorizava.
Sou a primeira neta, era o bibelô dos avós e tinha muita atenção. Me recordo de ir de carro, com ela e com o meu avô Felinto, para Santa Catarina, que é o estado de toda a família da minha mãe.
Exímia costureira, ótima cozinheira e obcecada por limpeza. Amava jogar cartas e tinha um humor ímpar. Soltava umas piadas inusitadas e inesquecíveis, com um timing perfeito.
Era super torcedora do Grêmio e frequentava o estádio com assiduidade e alegria. E quando o jogo era em outro estado ela não desgrudava o radinho de pilhas da orelha.
Tinha uns ditos fazendo troça do dito real e eu adorava. Tipo: “em terra de cego, quem tem um olho é caolho”, ao invés de “em terra de cego, quem tem um olho é rei”. Faz sentido, não? Para mim faz muito, talvez seja porque minha avó era capricorniana como eu, papo reto.
Deixou saudades! ♥️ Eu deixo o meu viva para ela e o legado de dedicação, caráter e lealdade que ela nos deixou.