Eu franzi a testa quando vi a cena acima no instagram da HBO MAX. Parte da nova temporada de “And Just Like That”, a versão 50+ de “Sex And The City”, a encenação escancara o mal estar de Carrie ao escutar “a nossa idade”.
E, então, arregalei os olhos ao ler alguns comentários e respostas do post. O etarismo ainda rende piada. E eu não me conformo nada com isso. E você?
Até entendo a Carrie ser etarista — eu já fui e descobri isso quando me chamaram de senhora pela primeira vez. Embora quanto mais me aproximei dos 50, tanto mais foi mudando a minha percepção e atitude. Esse projeto aqui, o Viva a Coroa, nasceu da minha vontade de lidar melhor com tudo isso. Por isso torço muito para que a cena se desenrole em uma reflexão importante para a causa do etarismo.
Tenho esperança de que seja um recorte etarista como uma ponte para um final feliz, afinal a série é também sobre isso, mas meu chão não vai se abrir caso seja só mesmo mais um momento de etarismo puro.
Verdade seja dita: a versão 50+ de Sex And The City não me fisgou. Como espectadora e fã da série dos anos 00 entendi que as personagens só envelheceram sem amadurecer. Em outras palavras, eu as enxergo como coroas imaturas.
Não quero ter razão, só quero ser feliz. Estou aberta para discordâncias, como sempre. Repito: adoro ampliar meu ponto de vista por meio de trocas. Bota comentários, por favor.
Quem é fã reconhece a interlocutora de Carrie. É Enid Frick, interpretada por Candice Bergen (adoro ela!). A personagem é antiga na série, é a editora de Carrie em episódios passados, as duas sempre tiveram uma relação BEM estranha e um pouco TÓXICA.
Contudo, não vale justificar o etarismo de Carrie por causa dessa dinâmica, hein. Achei a linguagem corporal dela entrega que o problema não é a ideia da revista em si, mas o comparativo.
⠀
Ah, em tempo eu amei o nome da revista fictícia, que fique bem claro. Se a encontrasse na banca, compraria ou até assinaria. Afinal, informação é poder e a edição é de uma ex-diretora da Vogue... na ficção, é claro.
⠀
Viva!